A diabetes e as alterações da tolerância à glicose são frequentes na população adulta e estão associadas a um aumento da mortalidade por doença cardiovascular.
A diabetes tipo II constitui cerca de 90% dos casos de diabetes e caracteriza-se por alterações na forma como o corpo metaboliza a insulina. Um dos mecanismos que leva ao desenvolvimento deste tipo de diabetes é a resistência à insulina.
Um grupo de investigadores norte-americanos descobriu que esta resistência consiste na redução da produção de ROS (espécies reativas de oxigénio). Esta diminuição de ROS pode ser causada por vários fatores, dos quais se destacam a obesidade e o envelhecimento.
Aqui, o exercício físico desempenha um papel fundamente, uma vez que atua como um estímulo, submetendo o corpo a um stress. Esse stress, por sua vez, gera adaptações metabólicas positivas.
Já tinha sido verificado o papel do exercício na melhoria da resistência à insulina, mas este estudo de Dezembro apresenta uma possível explicação para essa melhoria da sensibilidade.
Durante o exercício verifica-se o aumento da produção destas moléculas que, por sua vez, aumentam a produção de uma enzima chamada NOX4 no músculo esquelético.
Estudos em ratos mostraram que estas enzimas tiveram um efeito protetor no desenvolvimento da resistência à insulina. Desta forma, o músculo esquelético aparenta ter um papel fundamental na produção desta enzima constituindo mais uma vantagem para o treino de força.
Esta enzima, além de produzida durante o exercício físico, poderá também estar presente em vegetais crucíferos como brócolos e couve-flor, no entanto, seria necessário ingerir uma quantidade muito elevada.
Referências: “Skeletal muscle NOX4 is required for adaptive responses that prevent insulin resistance” in jOURNAL Science advances ( 15 /Dez/ 2021)
Por: Adriana Roque: Nutricionista do clube de saúde Kalorias Linda-a-Velha, membro efetivo da Ordem dos Nutricionistas nº3639N
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