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Propriedades da romã

Com a chegada do Outono chega também este maravilhoso fruto: a romã.


Originária do sul da Ásia e difundida pelos povos fenícios nos países mediterrânicos, são muitas as alusões a este fruto enquanto símbolo de longevidade, amor e poder terapêutico. Em Portugal, a altura da colheita situa-se principalmente entre Setembro e Novembro, portanto é o período mais indicado para o seu consumo, permitindo aproveitar ao máximo as suas qualidades nutricionais. A produção deste fruto concentra-se maioritariamente na região do Algarve.


Segundo a Roda dos Alimentos, devem ser consumidas 3 a 5 porções de fruta diariamente, sendo que 1 porção de romã corresponde a 1 peça com cerca de 140g. Em termos nutricionais, a romã é um fruto muito interessante, pela sua riqueza em compostos fenólicos como: antocianinas, quercetina, ácidos fenólicos, taninos e outras substâncias com propriedades antioxidantes, proporciona-lhe um potencial antioxidante cerca de três vezes superior ao do vinho tinto e chá verde. Trabalhos experimentais demonstraram que os compostos fenólicos da romã têm uma influência sobre fatores biológicos, como a atenuação de fatores aterogénicos, modulação das respostas anti-inflamatórias e de enzimas do sistema de defesa antioxidante endógeno (superóxido dismutase e glutationa peroxidase). Assim sendo, a presença destas substâncias com capacidade antioxidante, poderá ter um papel protetor para a saúde cardiovascular e na prevenção de alguns tipos de cancro. A romã apresenta baixo valor energético (cerca de 50kcal por 100g de parte edível de romã) sendo ainda fonte de fibra e outras vitaminas e minerais, nomeadamente, carotenos, vitamina C, potássio e ferro.



Fonte: Tabela da Composição de Alimentos Portuguesa



A romã é um fruto resistente que se mantém em boas condições durante bastante tempo. Quando armazenada a baixas temperaturas (0ºC a 5ºC) pode mesmo permanecer sumarenta e saborosa durante meses. Dada a dureza da casca apresenta também uma elevada resistência ao transporte.


Maioritariamente consumida ao natural, é também bastante frequente o seu consumo em sumos, águas aromatizadas, sobremesas, geleia e/ou compota, vinagrete e molhos, para dar cor, textura e sabor.


Neste Outono não se esqueça de integrar a romã na sua alimentação!


 

REFERÊNCIAS:

- Romã – Um Fruto do Outono: www.nutrimento.pt

- EBOOK Romã – Aspetos nutricionais e de saúde: www.apn.org.pt


 

Por: Milene Celestino: Nutricionista do clube de saúde Kalorias Montijo e Expo, membro efetivo da Ordem dos Nutricionistas nº1154N ( milenecelestino@kalorias.com ).

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